A pobreza energética no Brasil
Para investigar essa questão e buscar soluções concretas, a Plataforma de Transição Justa, com o apoio da Agenda Pública e da Copa Energia, realizou um estudo aprofundado sobre a realidade do uso da lenha para cozinhar no Brasil.
O uso de lenha ou carvão é mais elevado no Norte chegando a 27%.
No Norte e Nordeste, a biomassa iguala ou supera a eletricidade na cocção.
O impacto real da pobreza energética
O uso da lenha para cozinhar não é apenas um dado estatístico. Ele representa histórias reais, desafios diários e um debate necessário sobre acesso à energia e desenvolvimento social.
Conheça algumas histórias:
Benevides (PA)
“Não é só pegar a lenha, é preciso procurar, limpar o mato e ter cuidado. Já fui picada por cobra e escorpião."
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Pedra Azul (MG)
“São seis horas para ir e voltar, todo fim de semana. E se a lenha termina no meio da
semana, tem que ir buscar de novo.”
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Humberto de Campos (MA)
“Eu e meu irmão fazíamos três viagens por dia, todo dia. Eu carregava dois feixes. Acho que é por isso que eu sinto essas dores."
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Simonésia (MG)
A Pesquisa sobre os usos da lenha e do carvão para cozinhar no Brasil apresenta dados sobre a pobreza energética no Brasil e seus impactos.
O estudo também destaca as principais razões que levam milhões de brasileiros a dependerem da lenha para cozinhar, dados regionais, análise das condições socioeconômicas e os desafios para a transição energética no país.
A falta de acesso a fontes de energia seguras não é apenas uma questão econômica. Ela impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas e o meio ambiente.
Substituir lenha por eletricidade pode economizar 34 min/dia e até US$62/ano.
O uso contínuo da lenha aumenta o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares.
97% da madeira usada como energia no Nordeste vem da mata nativa.
Crianças e jovens perdem tempo coletando lenha, comprometendo seus estudos.
“Meu sonho é ter um fogão e um botijão de gás. Eu seria a mulher mais feliz do mundo porque não teria mais que carregar lenha.”
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